segunda-feira, julho 16, 2007

A hora de dizer não.


Não preciso de muito espaço, apenas meu metro quadrado.

Metáfora, é claro.

Mas, sim, tenho, todos temos; um metro quadrado, que é nosso espaço, onde estão traçados nossos limites.

Sou craque em permitir a invasão desse meu metrinho quadrado.

O outro dá um passinho, ops!; mais um, upa!; mais unzinho, epa!; tá lá, só me sobra um centímetro quadrado aonde eu me espremo pro outro se esticar.

Acabou.

Não dá mais.

Dizer "não" é uma medida disciplinar, reguladora.

Saudável.

Faz bem ao outro, preserva as relações.

Recentemente, tenho dito não ao primeiro sinal de invasão. E posto os folgados, os abusos antigos, pra fora.

No meu metro quadrado só cabe um: eu.

Eu cá no meu, o outro lá no seu, e a gente vai se entendendo assim.

Como diz a sabedoria popular (ênfase em "sabedoria"):

"Eu não vou na sua casa,
Pra você não vir na minha,
Você tem a boca grande,
Vai comer minha farinha."

Ass: Shoemate (traçando fronteiras!)

3 comentários:

Anônimo disse...

é...tb tenho uma certa dificuldadezinha em dizer não. mas tb já aprendi. mesmo. agora só cabe euzinha no meu metrinho, q já é pequeno! =)
vc tá certa em traçar essas fronteiras, menina! vai ficar td bem! =)

bejins

Anônimo disse...

A convivência humana se tornou tão "não sei!", que dizer "não" ou "bast", é questão de sobrevivência. Compreensão é arte. Por muitas, um bom "não" ou "sim" ao "não", nos serve quando temos um longo caminho a andar e os fantasmas do outro não cabem no nosso amor. Amores cheios de tensões de uma vida danada e que, pedindo tempo para se entender, ocupa o nosso tempo vago em solidão profunda.
Que se viva a luta mas, não trago mais em mim a arrogância de querer compreender tanto quando demora um segundo para a invasão permitida e um para a retirada sentida.
No tempo da calma, entramos devagar no espaço de interssecção. Então, ao tempo da calma, custe a ansiedade e às lágrimas o quanto custar.
beijos no coração e salve a quinoesfera! -esse espçaço ilustrado no desenho.

Caroline Tavares disse...

A acolhida e a generosidade de ceder são importantes na vida e nas relações. Mas a colocação de limites é essencial e vital ao EU. bj