terça-feira, fevereiro 26, 2008

Trainwreck.


Hoje eu acordei com o barulho da minha vida entrando nos eixos...

Estava com saudades da vida como ela era, e acho bonito que ela faça barulho ao voltar pro lugar; que me acorde, me movimente, me deixe em estado de atenção.

Eu sou (sempre serei? bom? ruim?) um trem descarrilhado, como o maravilhoso Walt Whitman (há um post de 2006 falando sobre isso, quem tiver paciência...); uma chutadora de portas.

Às vezes, me esqueço. Me canso, me sento, me acomodo, saio de mim e me des-sou, me des-existo.

Maria Fumaça, sem fogo, sem lenha.

Mas hoje, não.

Hoje sou um TGV, sou um trem-bala japonês, com quarenta mil cavalos de potência, com infinitas estações pela frente e nenhuma parada!

Na verdade, hoje eu acordei com o barulho da minha vida saindo dos eixos.

E avançando, descarrilhada, como eu sou e como deve ser.


"I celebrate myself;
And what I assume you shall assume;
For every atom belonging to me, as good belongs to you."


Walt Whitman, Song of Myself.


quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Do me good...


Minha nova paixão é uma moça que se chama Amy Winehouse. É uma judia inglesa com voz de negona americana, que me faz gastar todos os politicamente incorretos que conheço.

Seu álbum, BACK TO BLACK, ganhador de 5 Grammy, está derretendo o meu Ipod. Não consigo parar de ouvir.

Absolutamente heterossexual, ela escreve pra um babaca que fica alternando entre ela e a ex.

Soube, depois, que esse babaca virou marido, mas agora não é mais.

Choro direto, com o bom humor, com o mau humor, com os trocadilhos e com essa verdade cáustica que ela derrama sobre nós, na melhor coisa que aconteceu na música pop nos últimos 10 anos.

Como ela, when you´re back to her, I´m back to us, I´m back to black...