terça-feira, fevereiro 26, 2008

Trainwreck.


Hoje eu acordei com o barulho da minha vida entrando nos eixos...

Estava com saudades da vida como ela era, e acho bonito que ela faça barulho ao voltar pro lugar; que me acorde, me movimente, me deixe em estado de atenção.

Eu sou (sempre serei? bom? ruim?) um trem descarrilhado, como o maravilhoso Walt Whitman (há um post de 2006 falando sobre isso, quem tiver paciência...); uma chutadora de portas.

Às vezes, me esqueço. Me canso, me sento, me acomodo, saio de mim e me des-sou, me des-existo.

Maria Fumaça, sem fogo, sem lenha.

Mas hoje, não.

Hoje sou um TGV, sou um trem-bala japonês, com quarenta mil cavalos de potência, com infinitas estações pela frente e nenhuma parada!

Na verdade, hoje eu acordei com o barulho da minha vida saindo dos eixos.

E avançando, descarrilhada, como eu sou e como deve ser.


"I celebrate myself;
And what I assume you shall assume;
For every atom belonging to me, as good belongs to you."


Walt Whitman, Song of Myself.


4 comentários:

Anônimo disse...

DESCARRILHA! hahahahahaha

brinca?!

Giselle Veiga disse...

ADOREI!!!
Tinha tempo q nao vinha aqui...tinha esquecido q era tao bom! =)
beijinhos

Anônimo disse...

Muito bonito =)

Anônimo disse...

Sou fã de Whitman. E sua.
Estava com saudades mesmo, e faz tempo que não recebo convite para vir aqui. Humpf!!!
A possibilidade de entrar ou sair dos eixos é o que deixa nós, trens, agüentar andar nos trilhos... Beijo!