sexta-feira, janeiro 26, 2007

Pequenas coisas que deveríamos saber...


Eu sempre quis escrever sobre homens bons. Pessoas simples e boas, porque é assim que as pessoas são.

Como contar ao mundo uma história banal, ordinária mesmo, e ressaltar a bondade genuína que é feita a cada minuto, a cada segundo?

Como mostrar ao mundo que a bondade é pra ser banal, e não pra se destacar, como se fôssemos todos Raskolnikov e destruir fosse nossa sina?

A despeito de nossas minúsculas mesquinharias e vilanias diárias, somos bons. Em essência.

Coisas bobas, que fazemos no automático, como “Obrigado”, “Pode passar”; coisas grandes, que fazemos pensadas; ou tão impulsivamente porque não nos cabem mais, “Eu te amo”, “Quer morar comigo?”, “Não se preocupe, eu estou aqui”; mudam vidas, mudam vidas inteiras, gerações subsequentes.

Salvamos vidas ao sorrir a um desconhecido pela janela do ônibus, ao devolver uma bola que saiu do campo de pelada, ao avisar que alguma coisa caiu do bolso de alguém.

Somos heróis em nossa banalidade, porque nos reconectamos aos nossos iguais; os outros humanos; em cada gesto que sequer consideramos mais que nosso, em cada olhar cruzado ao acaso, em todo o espaço que dividimos.

Devíamos saber disso. Todo o tempo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Evelyn,

Estou adorando o teu Blog.
Ainda não li tudo, mas o que li, gostei!

Beijos,

Marcio (aquele da Lição de Anatomia...)(rs)

Sérgio Sudsilowsky disse...

Ei Eeve!
Não sou "comentador" costumaz, mas sempre leio as suas atualizações - e agora até posso ouvi-las!
Já te disse que gosto do jeito que escreves. Tanto que já postei texto seu no meu blog. Mas não é disso que vim aqui falar.
Concordo contigo sobre essas "bondades cotidianas", que para alguns seres humanos, objetos dessas atitudes, podem até mesmo surtir como "pequenos milagres". Afinal de contas, quem nunca teve o seu dia ganho quando, num momento de tristeza, dispersão ou quase desistência, olhou para o carro ao lado e recebeu, em troca, uma careta bem divertida de uma criança levada?
Beijos e boa sorte na nova empreitada: vc será uma grande letrista!

Sem Cascas.blogspot.com disse...

COM PAIXÃO!
Sem peso,
sem medo,
pequeno, educado e faz um puta bem!
A educação nos enche de compaixão e pra isso ninguém terá q vender sua casa, doar dízimos obrigatórios...
Compaixão, atenção, educação...um monte de "ação"...Ações do bem.
beijukas
obs: que imagem linda! Cite a fonte, baby!