segunda-feira, abril 23, 2007

Alfarrabista de pé quebrado


Chegaram pra mim questões do coração. Não minhas, dessa vez, que bom, o ano sabático está durando!

Outros coraçõezinhos.

Como sempre acontece diante desses alheios peitos abertos (escancarados, talvez, porque sempre se rasgam...) fiz a análise cirúrgica, precisa; esse dom de precisar os outros tenho muito, falta é um bocado pra mim! Mas de verdade, no fundo fundo, fiquei sem palavras. No fundo fundo, não sei bem o que dizer...

Dou esparadrapo, não sutura. Serve, por um tempo. Não muito.

Fui aos meus alfarrábios: Ana C., Mário Sá, Shakespeare, Lorca, Emerson(!), Sarah Teasdale...

Todo mundo fala de amor e ninguém resolve!

E quero eu, ai de mim, ajudar coraçõezinhos quebrados, rachados e colados com Super Bonder?

Audácia da nêga!

Não posso, não sei. Posso carinhar vocês, abraçar apertado, segurar com cuidado o coraçãozinho, ser rede de segurança.

E dizer: vai.

Vai, antes que o mundo se acabe. Vai, antes que a maré mude. Vai, antes que tudo se torne repetido.

Pode ir.

Eu seguro a sua mão.

8 comentários:

Anônimo disse...

Olá...Aqui vou eu outra vez! Não vou ser original, porque nunca conseguiria escrever nada tão verdadeiro e simples como aquilo que vou transcrever de seguida... "Depois de algum tempo aprendes a diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começas a aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas.

(...)

E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
(...)

Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos.

Aprendes que paciência requer muita prática.

Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar, mas isso não dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento, condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.

E, finalmente, aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás!
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém te traga flores.
E percebes, que realmente podes suportar...que realmente és forte, e que podes ir muito longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida!
(...)

E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!

SHAKESPEARE

Beijo muito grande...eu vi o seu agradecimento, espero conseguir retribuir com alguns textos aqui expostos...

Anônimo disse...

Essas "vidinhas" estão te dando trabalho, né?! E inspiração tb...que bom! =)

Texto muito bonito, como sempre! =)

beijos beijos beijos...

Anônimo disse...

Ai ai, tudo te inspira né moça! rs.. mto bom! A aguda aí disse q as vidinhas tão dando trabalho.. e a grave aqui diz q elas só querem q vc segure a mão mesmo!

Bjos no coração!

Anônimo disse...

Como posso eu falar de amor?
Eu,que muitas vezes fui vil,que muitas vezes fui covarde,que sempre preferi a mediocridade ao amor.
Como posso eu ousar,e expor minhas palavras sobre tal sentimento?Se o único que consegui expor/impor foi roto,volúvel e ordinário...
...................é....
Acho,mesmo, que sou incapaz de amar, incapaz de compreender o que não seja reles...

Felizes são aqueles que ousaram,que preteriram a medíocridade.

Anônimo disse...

bonito mesmo.
"eu seguro a sua mão" só me lembrou "
hold on to me and never let me go"


gostei bastante;



bitoquinhas, chuchu :*

Anônimo disse...

"I wanna hold your haaand"
Desculpa, eu sei, horrível isso. Mas eu não resisti.
Gostei bastante do seu blog. :) Ainda paro pra ler os outros dias. Mesmo!
Beijos. :*

Mayra Djacuí disse...

Segundo Adélia Prado, "a normalidade é assombrosa. Sua puerícia é mesma carne de poesia."
Parabéns pelo talento de nos fazer ver imagens através de palavras e de transmutar palavra em território.
Beijos grandes!
Mayra

Anônimo disse...

bom comeco